Russell Manning
1929 - 1981
Russ Manning é unanimemente reconhecido como um dos melhores ilustradores de Tarzan, a par de Harold Foster
e de Burne Hogarth.
Tendo concluído a sua formação académica no Instituto de Arte de Los Angeles, Manning entra no mundo da banda desenhada em 1953 pelas mãos de Jesse Marsh, que era o responsável pela realização dos "comic books" de Tarzan na editora Dell Publishing.
A sua primeira história de Tarzan - Tarzan and the Horns of Kudu - é publicada em 1954, no nº 114 da revista March of Comics, também da Dell Publishing mas de distribuição gratuita. Vai ser ele ainda o responsável pela realização da série Irmãos da Lança até 1966. Em 1964 cria igualmente as aventuras do famoso "Korak, o filho de Tarzan", série que obterá bastante sucesso junto do público.
Com a morte de Marsh em 1965, Manning assume em pleno a realização dos comic books da Colecção Tarzan (nº 154 a 178). A partir de 1967 e como reconhecimento do seu grande talento, assume igualmente a realização das tiras diárias (nº 8857 a 10308) e das páginas dominicais (nº 1923 a 2519), sucedendo a John Celardo.
Russ Manning conheceu um enorme sucesso na Europa, tendo realizado especificamente para este mercado algumas das suas melhores criações, como por exemplo: "Tarzan e a Terra que o Tempo Esqueceu" e "Tarzan e o Poço do Tempo", que só muito recentemente foram editadas nos E.U.A. pela Dark Horse.
A par de Tarzan, Manning realizou ainda outras séries de sucesso, como Magnus - Robot Fighter, The Aliens e Star Wars.
Em Portugal, as suas tiras diárias foram publicadas na colecção "Super Tarzan" da Agência Portuguesa de Revistas e na colecção "O Grilo" da Portugal Press. As pranchas dominicais foram publicadas no "Jornal do Cuto" da Portugal Press e no "Mundo de Aventuras" da A.P.R. Os seus comic books dos tempos da Dell / Gold Key foram publicados na célebre colecção "Tarzan" da A.P.R. Isto a somar a mais algumas publicações dispersas e a algumas edições Brasileiras fazem da obra de Manning a que entre nós foi divulgada de forma mais completa.
Não é pois de admirar que a imagem que muitos Portugueses têm de Tarzan e das suas exóticas
aventuras seja precisamente a veiculada, ao longo de vinte e cinco anos, pelo traço do Mestre Manning.
Contribuição de António Marques dos Santos