Ric Hochet (edições du Lombard, 1978)

RIC HOCHET
(França, 1955)
Jornalista e detective francês
(Mundo contemporâneo - séculos XX e XXI)

É o mais famoso herói criado, em 1955, pela conjugação do talento de Tibet (no desenho) e de André-Paul Duchâteau (no argumento), quatro anos depois destes dois artistas terem iniciado uma colaboração e um projecto conjunto, o qual ainda, hoje em dia, se mantém. Tibet e Duchâteau fazem de Ric Hochet um autêntico herói dos tempos modernos, elegante, forte, inteligente e corajoso, situando-se as suas aventuras, no seu país de origem, a França.

Ric Hochet é jornalista de profissão, trabalhando na redacção do jornal diário "La Rafale", em Paris, estando sempre disposto a "vestir a pele" de detective, qual "Sherlock Holmes dos tempos modernos". Sempre que as circunstâncias assim o determinam e impõem, Ric Hochet entra de imediato em acção, envolvendo-se nos mais enigmáticos e misteriosos casos e vivendo as mais arriscadas e perigosas aventuras, defrontando-se com homens gananciosos e sem escrúpulos, sedentos de poder e riqueza, os quais não olham a meios para atingir os seus fins obscuros e condenáveis.

Confirmando a sua paixão pelas histórias policiais e de detectives e pelas aventuras de suspense e mistério, Duchâteau, introduz, em cada álbum, um ambiente e cenários muito próprios, nos quais se desenrola toda a trama e onde ocorrem todo o tipo de raptos, assaltos e crimes, face aos quais, Ric Hochet, fazendo uso de toda a sua coragem e inteligência, vai procurar as pistas e os indícios necessários e suficientes para encontrar o(s) culpado(s) ou os assassino(s), através de emocionantes e perigosas buscas e perseguições.

Os excelentes argumentos produzidos por Duchâteau revelam uma grande imaginação, versatilidade, consistência e coerência, apresentando um notável encadeamento lógico entre as várias sequências, com muita acção e aventura, do princípio ao fim, até se atingir o epílogo e clímax final, com a descoberta da solução do problema e o desmascarar do culpado, encaixando-se, por fim, todas as peças do complexo e intrincado puzzle.

Ric Hochet faz-se, por vezes, acompanhar nas suas aventuras, dos seus amigos, o Comissário Bourdon, (por cuja sobrinha, Nadine, Ric Hochet tem um carinho especial) e o Inspector Ledru, ambos da Polícia Judiciária de Paris, os quais, sempre que se vêem em dificuldades para desvendar qualquer mistério, recorrem à ajuda sempre preciosa e decisiva de Ric Hochet, sempre pronto a ajudar e a entrar em acção.

As aventuras de Ric Hochet têm o condão e o sortilégio de prender a atenção e de entusiasmar de tal forma os leitores, da primeira à última página que, eles próprios, parecem estar a viver as aventuras, ao lado do seu herói, tentando descobrir, por eles próprios, o verdadeiro culpado e a chave do mistério. É caso para afirmar que os grandes e verdadeiros heróis são eternos, produzindo, nos seus fiéis leitores e admiradores, qualquer que seja a idade destes (dos 7 aos 77 anos!), um sentimento de prazer sempre renovado, geração após geração.

Ric Hochet (edições du Lombard, 1978)

Contribuição de Alexandre Ribeiro